Teixeira: eleições 2008

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Já faz algum tempo que não escrevo nada aqui sobre a política do Teixeira. Como esta semana tive a oportunidade de ouvir várias pessoas daquela terra, em especial alguns políticos, resolvi arriscar alguns comentários.

Se há na Comarca do Teixeira um município onde o quadro sucessório está indefinido, é o próprio município sede, Teixeira. Ali não se sabe sequer quem serão os candidatos nas eleições municipais vindouras.

Noves fora a candidatura de Wenceslau (PTB), não há nenhum outro candidato lançado. O próprio Wenceslau – forte candidato, diga-se em nome da verdade -, não se pode afirma ainda se representará as forças de situação, podendo então contar com o apoio do ex-deputado Valdecir Amorim e da Prefeita Rita. Sim, porque há um fato novo na praça que não pode ser negligenciado por quem queira se aventurar na análise política, o substancial aumento no coeficiente do FPM de Teixeira a partir de Janeiro de 2008. Não é nada, não é nada, serão mais de R$ 100.000,00 por mês a irrigar os cofres da Prefeitura. Essa dinheirama toda pode fazer renascer a candidatura da Prefeita Rita à reeleição. Há um ditado em política que diz: “inimigo político é como cobra venenosa; até morto faz medo”. E Rita então, nunca esteve morta.

Mas considerando que o grupo do ex-deputado Valdecir honre seus compromissos com Wenceslau, quem mais o apoiaria? Todos querem Wenceslau, mas ninguém – dentre os políticos, por óbvio-, quer Valdecir. É assim que o ex-prefeito Elenildo aceita conversar com Wenceslau, mas sem Valdecir. Nêgo de Guri vai na mesma toada. O grupo dos dez, que tem dito não ter pressa pra conversar, também parece não querer muita aproximação com o grupo do qual se desgarrou não faz muito tempo. De Zé Mário pode-se dizer o mesmo.

O mais provável é um embate que alinhe de um lado Wenceslau, Rita e Valdecir e de outro, Elenildo, Nêgo de Guri, o grupo dos dez e Zé Mário. Não se devendo descartar a possibilidade de Wenceslau, com aquele seu jeito mineiro de fazer política, conseguir o apoio de um desses grupos, mesmo estando aliado a Valdecir.

Ou muito me engano, ou há uma certa maturidade chegando à política daquele “velho burgo”, no dizer de Alyrio Wanderley. Senti mais desprendimento e menos personalismo ao conversar com algumas pessoas daquele mundo político. Do ex-prefeito Elenildo, por exemplo, ouvi que não há imposição de nomes, nem do seu nem de nenhum outro, para se iniciar conversações sobre 2008. Do grupo dos dez ouvi que o momento ainda não está maduro para se tomar decisões. Zé Mário anda meio distante, mas não acredito que ande alheio ao processo. Se bem o conheço, está esperando o momento certo. DeWenceslau, bem, desse não ouvi nada. Como disse, o homem faz política à mineira.

Bom, sei que são inconclusivas as minhas análises, mas em política é assim mesmo, as coisas mudam muito, e rápido. Além do mais, ainda estarei por essas bandas por mais alguns dias e espero colher mais elementos que me ajudem a clarear as idéias.

É o que espero.